Existem pessoas que, em termos de relacionamentos, são obcecadas em controlar a vida de outras pessoas, estabelecendo o que essas devem fazer ou deixar de fazer, no sentido mais amplo do termo. Para as pessoas que assim agem, controlar é a palavra de ordem que rege suas vidas.
Nesse sentido, elas tentam estabelecer, na relação com uma outra, uma série de normas ou regras de comportamentos a serem cumpridas ou obedecidas, não suportando variações. Diante de mudanças mínimas de comportamento, elas se apavoram, se perdem em si mesmas, não sabendo lidar com nenhuma forma de mudança, mesmo quando essas são frutos de algum acontecimento imprevisto.
Quaisquer mudanças, sempre possíveis de ocorrer na vida de quem quer que seja, fazem as pessoas controladoras sofrerem em demasia. Tanto quanto também fazer sofrer as pessoas que são objetos ou alvos das ações de controle. O psicólogo Sylvio Ferreira falou sobre o tema na coluna Psicologia em Movimento da Rádio Jornal. Acesse o link e ouça a reportagem: https://hearthis.at/tecnologia/psicologia-06.11.19/
Fonte e agradecimentos: Rádio Jornal Pernambuco.
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A depressão no ambiente de trabalho.
Texto por: Beatriz Félix.
Fonte: SEGS.
Ela chega sorrateira, como quem não quer nada. Toma posse da vitalidade do teu corpo e faz tudo parecer nem tão interessante assim. Vai criando morada, fazendo com que aquele Happy Hour de Sexta-Feira com seus colegas do trabalho seja dispensável. Faz com que um conflito torne-se uma tempestade e te faz reagir como se estivesse assistindo as penalidades máximas do seu time favorito. Reduz sua capacidade no trabalho e te faz perder a concentração, virando sua rotina do avesso. Tão discreta, torna-se a funcionária do mês.
Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), em uma pesquisa feita em 2015, cerca de 11,5 milhões de brasileiros sofrem de depressão, colocando o Brasil como o país com maior índice de depressivos da América Latina. Entretanto, muito se fala sobre o assunto, mas pouco se entende. Sabe-se da condição patológica da depressão, caracterizada por ser uma doença psiquiátrica, que produz alterações de humor oriundo de sentimentos de amargura, desesperança, culpa, entre outros. Porém, como reconhecê-la em um ambiente corporativo?
Uma pesquisa recente do IBGE aponta que 75,3 mil trabalhadores foram afastados de seus cargos em 2016 devido à depressão. Os principais gatilhos para as crises são estresse físico e psicológico, horários e metas abusivas, falta de reconhecimento e acontecimentos traumáticos. Os números nos mostram a necessidade de abrirmos uma discussão sobre esta questão alarmante.
Dado o exposto, há boas chances de que nosso colega ao lado sofra de depressão, e é comum ouvirmos frases como “é só tristeza”, “mexa-se!”, “é frescura”. Porém, será esta a melhor forma de reconhecermos a dor do colega de trabalho, ou até mesmo a própria dor? A princípio, é bom termos em mente que depressão não é uma tristeza passageira. Tendo isto em vista, uma boa dose de compreensão, paciência e estudo sobre o assunto, podem ajudá-los a enfrentar a problemática. Há evidências, também, que convívio social, práticas esportivas, pausa entre atividades e acompanhamento especializado são recursos importantes para reversão do quadro.
Confira 5 sinais de que seu colega pode estar precisando de ajuda:
1. Dificuldade de concentração
2. Tristeza
3. Problemas de memória
4. Mudança de peso
5. Perda de interesse em atividades corriqueiras
A depressão não escolhe etnia, condição social ou gênero. É de caráter emergente e tratável. A sua motivação pode ajudar alguém.
Não Seja O Pai Do Semi Abandono! Carta Aos Homens Que Fizeram Filhos.
Fonte: Pais que educam, Fãs da Psicanálise.
Cara, você está de sacanagem, né? Você fez um filho(a), amigo. Talvez não tenha ouvido essa ainda (porque normalmente é usado só para mulheres) mas “fazer foi fácil”, não foi? Então assuma. Não assuma só que você fecundou um óvulo, assuma que um ser humano está se formando e você é responsável por ele. Eu garanto: esse é possivelmente o maior tesouro que você terá.
Não vou mentir pra você, não. Não vai ser fácil. Você terá que fazer muitos sacrifícios e muitos deles não te trarão sorriso no rosto. Haverão noites em claro que não serão regadas de música alta, amigos ou bebidas. Haverão sábados de bagunça, em um pula-pula ou em uma balança de um parque qualquer ao invés do churrasco com amigos.
Sabe aquela dedicação ao trabalho que supera qualquer limite do bom senso? Reveja! Não só por você (já que estou sentindo que seu ego precisa ser alimentado com a rápida alavanca profissional) mas por esse ser que te olha nos olhos e te ama de toda alma.
Cansei de te desculpar historicamente. Vivemos no mesmo mundo? Estamos no mesmo ano? Eu também trabalho pra caramba, sujeito. Não quero ser heroína, não pedi pra ser aplaudida por dar conta de mil tarefas e não estou afim de educar um ser humano sozinha.
Assume seu papel de homem maduro! E antes que você me diga que não sabia da importância do papel de um pai na vida de uma criança, aqui vai: Fonte de segurança, autoestima, confiança pra lidar com o mundo, sentimento de pertencimento e amparo. Vai se dar o direito de negar isso?
Não me diga que “sou melhor nisso”. Não se esconda. Eu luto pra ser melhor todo dia, é uma batalha cheia de cansaço, de erros e acertos, de conexão, de lágrimas e de muito amor. Se você se jogar pra essa experiência eu prometo que você vai aprender muito sobre você, vai dar boas risadas e vai se sentir o cara mais importante do mundo.
Não seja o pai só do fim de semana! O pai cujas prioridades são diferentes (cof, cof), o pai do abandono, o pai semi presente e o pai distante. Seja pai! Abrace, troque fralda, dê de comer, dê banho, leve ao médico, converse com os professores e professoras, vá buscar na escola, dê remédio na febre, dê amparo na dor, dê risadas, dê tempo, dê ouvidos, dê ombros, limites e palavras doces.
E se for se afastar, não seja leviano. Não seja ligeiro e vá se afastando aos poucos, não faça uma criança sofrer porque você não é responsável o bastante. Não sente no meu sofá e se apoie no fato de que seu dia foi muito cheio pra pensar em educar ou dar atenção. Seja parceiro. Honre com a nossa decisão (ou imprudência) como eu o tenho feito.
Você não está me fazendo favor. Repito: isso não é um favor. Eu farei do meu “tempo livre” o que bem entender. Eu não mudo sua importância na vida do seu filho, as vezes até chego a lamentar isso. Não venha com doces ou agrados ocasionais, espaçados estrategicamente e intercalados com sumiços.
Seja digno de ser amado pelo seu filho, por favor.
Muita fofura! Bebês gêmeas reproduzem cenas do filme Frozen e ganham a internet.
Duas bebês gêmeas para lá de fofas se tornaram uma verdadeira sensação na web recentemente após serem gravadas por seus pais refazendo uma cena do filme infantil da Disney "Frozen".
Quando encontramos amizade e o amor na mesma pessoa.
Texto por: Zack Magiezi.
É um desses eventos raros, mas quando acontece é algo deslumbrante como presenciar um desses fenômenos da natureza que nos deixam sem palavras. Talvez seja a forma mais completa de amar, talvez seja a única forma de amar, eu não sei, mas ter gostos em comum, ter vontade de compartilhar coisas, ter um prazer real em fazer coisas em conjunto e aguardar ansiosamente por esses momentos deixa qualquer relacionamento delicioso.
Vejo amores egoístas onde um é arrastado para o mundo do outro, vejo as pessoas que amam tendo que acertar sua rotina, desejos e sonhos ao relógio do outro, vejo pessoas que amam e sofrem, pois anulam a sua personalidade e fazem isso em nome do amor triste como um espelho sem reflexo, com certeza essas pessoas que amam têm as melhores intenções, mas quando a amizade falta, em vez de construírem um mundo juntos, um sozinho constrói um altar em um trabalho árduo e melancólico.
Será que realmente sabemos o que é amar, sei que o amor é um sentimento selvagem, não escolhe hora ou local, apenas surge, mas não são os beijos e noites nos lençóis que são uma prova cabal que o amor é verdadeiro, talvez o amor verdadeiro é uma amizade que sabe erguer um mundo, onde os laços são intensificados no solo da admiração mútua, no incentivo e no apoio aos sonhos de ambos. Talvez a amizade seja o único ingrediente que consegue perpetuar o sabor do amor, como nos tempos dos nossos avós.
Fonte: umsofa.com.br
O que você precisa para ser feliz e saudável.
Texto por: Júnea Chiari (Psiquiatra).
O que você precisa para ser feliz? E saudável? Ou será que para ser saudável tem também que ser feliz?
Eu sei … são muitas perguntas para poucas respostas. Mas um estudo conduzido pela Universidade de Harvard (EUA) deu algumas pistas valiosas para essas questões. Este estudo – conhecido como “The Harvard Study of Adult Development” – iniciou-se em 1938 e durante mais de 75 anos as vidas de 724 homens foram acompanhadas pelos pesquisadores, desde sua adolescência até a velhice. Os participantes pertenciam a 2 grupos bastante distintos em termos socioculturais – 268 homens eram estudantes do Segundo ano na faculdade de Harvard e os outros 456 eram jovens moradores de áreas pobres de Boston – mas guardavam a semelhança de terem 19 anos à época do início do estudo. Usando questionários, entrevistas, registros médicos (consultas e exames de sangue e do cérebro), os pesquisadores conseguiram monitorar a saúde física e mental, a vida de trabalho, amizades e romances dos participantes.
Esse foi o maior estudo já conduzido sobre a vida das pessoas e o impacto dos diversos setores em sua saúde e longevidade. E o que ele nos mostrou pode ir contra o senso comum, de que dinheiro e sucesso profissional ou o grau de instrução de uma pessoa tem influência direta sobre sua felicidade e saúde. Ao invés disso, observou-se que ter relacionamentos saudáveis ao longo da vida foi a variável mais importante para ter uma vida satisfatória. As pessoas que foram estudadas relataram que relacionar-se com pessoas foi a parte mais significativa da vida. Ter um parceiro próximo, com quem você tem uma relação saudável, mostrou ser uma proteção contra a depressão e algumas doenças físicas.
Uma infância feliz, com relacionamentos afetivos com os pais, previu relações mais seguras e satisfatórias na idade adulta e também relacionou-se com indivíduos fisicamente mais saudáveis ao longo de toda vida . Ter uma relação próxima com algum um irmão na infância diminuiu o risco de ter depressão até os 50 anos. Ter vivido em um ambiente muito difícil na infância (famílias caóticas, incerteza econômica) trouxe consequências mais sérias na vida adulta, mas se na adolescência ou vida adulta essa pessoa foi capaz de desenvolver relacionamentos próximos afetivos e saudáveis, observou-se que o impacto da infância infeliz foi muito minimizado.
Outro ponto muito relevante do estudo foi que a capacidade de gerir o estresse e ansiedade trouxe benefícios ao longo da vida das pessoas estudadas. Aquelas que lidavam com os problemas, ao invés de “empurrá-los pra debaixo do tapete”, tiveram melhores relacionamentos com as outras pessoas e mais apoio social, e isso previu um envelhecimento saudável após os 60 anos.
Tantas evidências vêm corroborar o que os psicólogos já sabem: o papel fundamental da qualidade das relações afetivas ao longo da vida e a nossa grande capacidade de regeneração a partir de relacionamentos saudáveis. E sempre é tempo para melhorar ou desenvolver a sua capacidade relacional. Não espere nem mais um minuto para ser mais feliz!
Fonte e agradecimentos: Oficina de Psicologia.
A Oficina de Psicologia é a mais conhecida clínica privada de Psicoterapia e está presente no Brasil, Portugal e Angola. ma equipe de psicólogos clínicos e psiquiatras, formados em diversas abordagens, sempre trazendo as soluções científicas atualizadas, diversificadas e inovadoras para que possa sentir-se bem.13 Reasons Why: Suicídio, uma responsabilidade de todos?!
Texto por Luiz Prisco e Tiago Barbosa. (*adaptado).
“13 Reasons Why“ (Os 13 porquês), novo hit da Netflix, é uma das mais atuais e necessárias séries do momento. Focada no público jovem, a produção manda a real: suicídio é um problema sério e precisamos falar sobre ele.
Jogar o tema para debaixo do pano só serve para que mais vidas sejam perdidas. De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o suicídio é a segunda maior causa de mortes entre jovens de 15 a 29 anos. Estima-se que uma pessoa tire a própria vida a cada 40 segundos. Os dados são alarmantes e exigem atenção e discussão da sociedade. É um problema de saúde pública. A negligência escancara a dificuldade - sobretudo quando envolve os jovens - de enfrentar o problema por famílias e escolas, duas das salvaguardas necessárias a adolescentes em situação de vulnerabilidade. Observa-se a incapacidade familiar e escolar de perceber, dialogar e auxiliar a adolescente cuja vida atravessa sofrimento incessante.
Cometer o ato extremo de ceifar a própria vida é, por definição, uma atitude individual. Mas a sustentação das circunstâncias capazes de compelir alguém ao suicídio deve ser compreendida como uma falha coletiva subsidiada tanto por comportamentos aparentemente inofensivos do cotidiano como por omissões da rede de convivência social e familiar. A responsabilização das pessoas envolvidas com quem - desamparado, frustrado ou abandonado - opta pela morte é a base do incômodo e necessário ponto de reflexão imposto pelo drama. A proeza do seriado está em demonstrar como ações isoladas se combinam de forma nefasta para destruir o destino de uma adolescente sob a conivência de uma sociedade desprovida de socorro aos mais vulneráveis.
A trama conjuga ficção e realidade porque se descola de estereótipos no momento de construir a personagem principal (Hannah Baker) e pontua cada queda no calvário do suicídio com gestos facilmente identificáveis em qualquer universo estudantil - seja na escola de classe média e alta dos Estados Unidos, onde a série é ambientada, seja em unidades de ensino de países menos abastados, nas quais a segregação, o bullying e a formação da personalidade elegem excluídos para consolidar a sensação de poder em quem pertence a grupos dominantes.
A compreensão do suicídio como produto do coletivo também transparece na forma como a narrativa se desenvolve. A história é contada com idas e vindas no tempo a partir de depoimentos deixados gravados em fitas cassetes e ouvidos pelo colega mais próximo da adolescente, Clay Jensen, apaixonado por ela e interessado em investigar as razões da morte. Os relatos póstumos de Hannah detalham situações e aflições vividas pela garota e revelam quem, na visão dela, foram os "culpados" pelas experiências capazes de fazê-la tomar a decisão de se matar. Há uma mensagem subjacente à ideia de enviar as gravações para as pessoas com quem se envolveu em vez de simplesmente remetê-las às autoridades e subsidiar uma investigação formal sobre a própria morte: o suicídio não é um caso de polícia, mas um problema de saúde pública e demanda tomada de consciência social para ser evitado.
Em casa, os pais de Hannah, embora amorosos e próximos à filha, priorizam os problemas financeiros e a tornam invisível. No colégio, professores, diretores e até profissionais encarregados de aconselhamento estudantil fracassam na tentativa de penetrar o universo dos alunos e estabelecer pontes de confiança para compreendê-los. Em ambos os casos, a tentativa de diálogo apoiada em clichês dos adultos em relação aos jovens, a aceitação de estereótipos sobre a faixa etária ou mesmo a permanência na zona de conforto da inércia para evitar contratempos ampliam o fosso entre gerações. ausência de anteparos deixa desimpedida a perpetuação de situações típicas (e graves) da adolescência. A escalada de percalços no caminho de Hannah evidencia o poder destruidor de comportamentos marcados por bullying, machismo, intolerância, homofobia, humilhação amorosa, exclusão e violência sexual - e atesta como eles, massificados pelo alcance na era das redes sociais, concorrem para levar o indivíduo a atentar contra si.
A atuação de Katherine Langford realça os efeitos da sucessão de maldades cometidas contra Hannah. A esperança no rosto da adolescente contrasta recorrentemente com a tristeza frente às decepções, e a resiliência mantida heroicamente ao longo dos 13 capítulos da série cede espaço à abnegação pelas frustrações. Intérprete do colega dela (Clay), Dylan também faz do semblante a síntese da consternação pela noção de responsabilidade sobre a morte da amiga e da constatação de como o ambiente no qual vive é capaz de destruir uma vida e tentar seguir como se nada ocorresse. A expressão inocente dos flashbacks é alternada com a incredulidade e o desapontamento pela incapacidade de mudar os rumos da história - agravadas pela dor de um amor não vivido.
A vilanização do outro no tocante ao suicídio, no entanto, merece uma ponderação mais cautelosa. Concebida para retratar a esfera juvenil, 13 reasons why estabelece um canal de comunicação direto com o público-alvo e, se mal digerida, incorre no risco de naturalizar o problema e sugeri-lo como opção viável para adolescentes em situação vulnerável ou propensos a fazer da própria morte um ato de repúdio contra quem o oprime. A aproximação do perfil da protagonista com os espectadores pareceria, nesse contexto, como impulso - e não fator de reflexão - à morte, glamourização e apologia ao suicídio. É um ponto sensível e delicado passível de críticas na produção.
Depois de disponibilizada na Netflix, a série fez eclodir nas redes sociais as hashtags #NaoSejaUmPorque e #Aprendicom13rw, convites à reflexão sobre o comportamento e ao ativismo para evitar a indiferença diante de pessoas cujas circunstâncias da rotina podem estimular o ataque à própria vida. Desabafos sobre o interesse em ouvir, entender e auxiliar o outro deram a tônica das postagens. O sentimento de coletividade expressado através da corrente virtual soa como um passo bem-vindo para enfrentar um tema ainda visto como tabu e carente de ações solidárias. Feito eco da série: o suicídio de um é responsabilidade de todos.
Assista ao trailer:
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Fonte: Metrópoles e Diário de Pernambuco.
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