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Maconha deforma o cérebro e é um grande risco para a esquizofrenia, alertam especialistas.


A maconha fumada uma vez por semana, na adolescência, aumenta em 8 vezes o risco para esquizofrenia”, alerta o psiquiatra Valentim Gentil, professor titular de psiquiatria da Faculdade de Medicina da USP. “Se o Brasil seguir a tendência de outros países e legalizar a indústria da maconha, nós teremos uma fábrica de esquizofrênicos.” Esquizofrenia é definida como grave e incurável doença mental que causa delírios - o doente acredita que estão lendo sua mente e contando seus segredos para outras pessoas - e alucinações - ele ouve vozes que criticam de forma ofensiva seu comportamento.

Nas cinco clínicas que participam de Jovem Pan Pela Vida, Contra as Drogas, (Reviva, Viva, Intervir, Greenwood e Caminho de Luz), há registros de atendimentos a jovens que apresentaram surtos psicóticos e esquizofrenia pelo uso de maconha. A psiquiatra Lucinda do Rosário Trigo também revela ter atendido na Clínica Conviver, em São Paulo, dezenas de jovens da alta classe média, que se tornaram esquizofrênicos por uso de maconha.

Alerta também do psiquiatra gaúcho, Sérgio de Paula Ramos, referência no tratamento de usuários de drogas no Brasil: “Maconha está francamente associada com esquizofrenia e depressão. A maconha que adolescente usa no sábado e no domingo vai ficar no corpinho dele por uns 40 dias. Existem exames que alertam: jovens que se envolveram com maconha, apresentam seis meses depois de parar o uso, performance cognitiva inferior a quem nunca usou maconha.”

Maconha é droga proibida no Brasil pela lei federal 11.343, porque causa dependência, além de facilitar o uso de outras drogas. A maioria dos usuários de crack começou experimentando maconha na infância ou na adolescência com colegas de condomínio, de festa ou de escola, afirmam especialistas, que diariamente atendem usuários de drogas em clínicas particulares ou em comunidades terapêuticas em São Paulo. Dependentes em recuperação que participam da Campanha da Jovem Pan, contando suas histórias, confirmam que maconha facilita, sim, o uso de outras drogas.

Apesar de ser droga proibida no Brasil, já há registro em São Paulo, de criança 9 anos, atendida pela psicóloga Elza Lopes por dependência de maconha. ”Conheceu com coleguinha de 11 anos no condomínio onde mora.” Na Campanha da Jovem Pan, alunos, a partir dos 10 anos, revelam ter colegas que fumam maconha.

Profissionais que participam de Jovem Pan Pela Vida, Contra as Drogas - psiquiatras Pablo Roig e Lucinda do Rosário Trigo, psicóloga Maria Diamantina Castanheira dos Santos, psicólogos Mateus Fiuza e Diego Batista Bragante, psicanalista Maria Angélica Viana da Graça, psicóloga Elza Lopes, psicólogo Carlos Damasceno, psicóloga Ana Laura Parlato, psicanalista Maria Angélica Viana da Graça, psicólogo Marcelo Lobato, psicoterapeuta Alexandre Araújo e psicóloga Ana Lúcia Mazzei Massoni- - descrevem os riscos da maconha: “Apatia, diminuição da memória, pânico, distorção afetiva, alteração da coordenação motora e da percepção de tempo, sonolência, torna a boca seca por incapacidade de salivação, descontrola o apetite e causa depressão.” Todos afirmam:” maconha já é considerada a droga que tira adolescente das escolas, porque elimina a vontade de estudar ”.

A cirurgiã-dentista Sandra Crivello que atende dependentes em recuperação tem constatado que “maconha causa fissuras nos lábios, que não cicatrizam.” A especialista faz também um alerta às autoridades: “Papel de seda, chamado Pure Hemp (Hemp significa maconha) usado para o cigarro de maconha vem sendo vendido em shoppings de São Paulo”. 
 
Maconha também é risco para infarto, adverte um dos mais renomados cardiologistas brasileiros. O Dr. Nabil Ghorayeb, do Instituto do Coração, do Hospital do Coração e da Sociedade Brasileira de Cardiologia, explica: “Com base em análises estatísticas, observou-se um risco de infarto agudo do miocárdio 4,8 vezes maior nos primeiros 60 minutos após o uso da maconha.” As análises estão na pesquisa “Infarto do Miocárdio desencadeado pela maconha”, publicada na mais conceituada revista da cardiologia mundial, a Circulation.

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