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Ele é azul e preto? Branco e dourado? Por que ninguém concorda sobre as cores deste vestido.

Você deve ter visto essa discussão a respeito disso. Afinal, quais são as cores deste vestido? Ninguém parece concordar - há quem diga que é um vestido azul com renda preta e há aqueles que dizem que o vestido é branco com renda dourada. Mas, calma, a ciência explica por que esse debate épico que dividiu a internet está acontecendo.

A luz entra nos olhos em forma de onda, com diferentes comprimentos de onda correspondendo a cores distintas. Essas ondas são enviadas para a retina, no fundo dos olhos, e depois transmitidas para o cortex visual, no cérebro. Essa área é responsável por traduzir esses sinais nas imagens que vemos, diferenciando umas cores das outras. Nesse processo, o cérebro descobre quais são as cores que são refletidas dos objetos para os quais você está olhando e tira esses tons das cores 'reais' do objeto. Ou seja, a visão 'joga fora' a informação sobre os tons que iluminam o objeto e fica apenas com a informação sobre os tons refletidos.

Normalmente esse sistema funciona da mesma forma para todo mundo. Nessa imagem, no entanto, há uma grande divergência - o neurocientista da Universidade de Washington, Jay Neitz, especializado em visão e entrevistado pela Wired, afirma que em 30 anos no campo nunca viu nada similar. A explicação possível é que nós evoluímos para ver coisas sob a luz do dia. Mas essa mesma luz do dia possui tons diferentes, podendo variar desde o tom avermelhado do amanhecer, passando pelo azul do céu do meio dia e voltando para vermelho no por do sol. Então quando você olha para a foto do vestido, seu cérebro 'desconta' a luz do dia. Mas há uma grande gama de tons na luz do dia que podem ser descontados dessa mesma foto. Ou seja, o cérebro de uma pessoa pode 'tirar' os tons vermelhos e dourados e acabar com um vestido azul e preto. E o cérebro de outras pessoas pode tirar o tom azul e ver um vestido branco e dourado.

Ok, o cérebro está nos pregando peças novamente. Mas qual é a cor do vestido?

O pessoal da Wired e Bevil Conway, neurocientista da Universidade de Wellesley, passaram o vestido pelo Photoshp, colocando-o em um background preto neutro. O resultado da análise pelo computador? Ninguém está completamente certo: o vestido é azul e laranja. No entanto, quem vê o vestido como branco está 'um pouco mais errado'. Mas não importa... Achamos uma abordagem bem legal :
 

Fonte : Revista Galileu.

Governo veta texto que previa carga de 30h semanais para psicólogos, e isso gera protestos em Brasília.

O vice-presidente da República, Michel Temer, vetou um projeto de lei que fixava em 30 horas a jornada semanal de psicólogos. Desde então, os psicólogos se uniram e foram protestar contra essa decisão. A ideia é demonstrar à opinião pública e aos congressistas que o veto interrompe, entre outras políticas de trabalho, a de assegurar e proteger a saúde física e mental da categoria. 

A Sessão no Congresso Nacional, ocorrida na última terça-feira (24/02) em Brasília, adiou para o dia 3 de março a votação das regras sobre vetos.

O encerramento da sessão foi ocasionado pela falta de acordo entre as lideranças partidárias sobre o procedimento de votação dos vetos. Um dos pontos de discordância é a quantidade de destaques que podem ser apresentados por partido e a forma de seus encaminhamentos e discussões.

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) e o Conselho Regional de Psicologia de Alagoas (CRP-15) vão intensificar ainda mais a mobilização no Congresso em torno da pauta nos próximos dias, e conclama toda à categoria a cobrar o posicionamento favorável à derrubada do veto por parte dos deputados e senadores.

Agora é a hora de demonstrarmos união e nos posicionarmos pela derrubada deste veto!

O Conselho Regional de Psicologia de Alagoas (CRP-15), o Conselho Federal (CFP), Regionais de Psicologia, Sindicatos, profissionais e os estudantes da área, estão mobilizados em defesa do Projeto de Lei 3338/2008 (30 horas da Psicologia).

Participem do abaixo assinado :
https://www.change.org/p/congresso-nacional-brasileiro-derrubada-do-veto-presidencial-ao-projeto-de-lei-3338-2008-30-horas-semanais-da-psicologia/share?just_signed=true

E usem a hashtag #Derruba31Já nas redes sociais, compartilhem esse movimento e vamos protestar pela nossa profissão e curso de aprendizagem! 

Fonte de informações : 
Conselho Regional de Psicologia de Alagoas (CRP-15)
Conselho Federal de Psicologia

A Atuação do Psicólogo no Contexto Hospitalar.

A atuação do psicólogo no contexto hospitalar não se refere apenas à atenção direta ao paciente, refere-se também atenção que é dispensada à família e a equipe de saúde, dentro de sua atuação profissional. A atuação do psicólogo hospitalar promove mudanças, atividades curativas e de prevenção, diminui o sofrimento que a hospitalização e a doença causam ao sujeito.

Os diagnósticos de cada caso são feitos a partir da representação que o paciente tem da doença e em particular da sua doença, e que envolve os aspectos de sua formação cultural, social e individual. O psicólogo hospitalar, deve-se estar alerta, principalmente, para a maneira como o paciente reage frente ao diagnóstico de sua doença, como a sua vida psíquica e sua vida social interfere na dinâmica subjetiva, e também como se estabelecem as relações psicológicas entre o paciente, a família e a equipe de saúde.

O Que se Entende por Psicologia Hospitalar?

De acordo com Cabral citando Rodríguez e Marín (2003) a Psicologia Hospitalar é um conjunto de contribuições científicas, educativas e profissionais que as várias correntes da psicologia oferecem para prestar uma assistência de maior qualidade aos pacientes hospitalizados. O psicólogo hospitalar é o profissional que detém esses saberes e técnicas para aplicá-los de forma sistemática e coordenada, sempre com o intuito de melhorar a assistência integral do sujeito hospitalizado. O trabalho do psicólogo hospitalar é especificamente direcionado ao restabelecimento do estado de saúde do doente ou, ao controle dos sintomas que comprometem bem-estar do paciente. Ainda segundo esse mesmo autor existem seis tarefas básicas do psicólogo hospitalar:
  • A função de coordenação, relacionadas às atividades com os funcionários da instituição.
  • A função de auxilio à adaptação, intervindo na qualidade do processo de adaptação e recuperação do paciente internado.
  • A função de inter-consulta: auxiliando outros profissionais a lidarem com o paciente.
  • A função de enlace, de intervenção, por meio de delineamento e execução de programas com os demais profissionais, para modificar ou instalar comportamentos adequados dos pacientes.
  • Assistência direta: atua diretamente com o paciente.
  • A função de gestão de recursos humanos: aprimora os serviços dos profissionais da instituição, o que contribui de forma significativa para a promoção de saúde.
No contexto hospitalar, o psicólogo deve buscar estabelecer um contato mais próximo com outras profissões. A saúde não é de competência de um único profissional, ela é uma prática interdisciplinar e os profissionais das muitas e diferentes áreas de atuação, devem agregar-se em equipes de saúde. De acordo com Chiattone (2003) tendo como objetivos comuns estudar as interações somatopsicossociais e encontrar métodos adequados que propiciem uma prática integradora, tendo como enfoque a totalidade dos aspectos inter-relacionados à saúde e à doença.

Conjuntamente com o enfoque da humanização do atendimento em saúde, a interdisciplinaridade é uma das bases da tarefa do psicólogo que adentra ao hospital, pois partindo do pressuposto de que o ser doente deve ser considerado biopsicossocial. “Essas três esferas interdepende e inter-relacionam-se à outra, mantendo o ser doente, intercâmbios contínuos com o meio em que vive, num constante esforço de adaptação à sua nova condição de doente [...].” (CHIATTONE, 2003, p. 32).

Está abrangência multidisciplinar e estratégica da atuação do psicólogo hospitalar, pelo reconhecimento do campo de saúde como uma realidade complexa, e que necessita de conhecimentos distintos integrados é que define a necessidade de intervenção de forma imediata. Portanto, estas ações deveriam envolver profissionais de diferentes áreas em uma rede de complementaridade onde são mantidas as exigências organizacionais unitárias.

O Psicólogo Hospitalar e a Família do Paciente

O acompanhamento psicológico junto á família do paciente é muito importante pois, o familiar vivencia um momento de crise acometido pelo sentimento de impotência frente a moléstia de seu ente querido, e também seu temor pelo falecimento; pela dificuldade em compreender o que se passa com o paciente; pela distância imposto pelo ambiente hospitalar ( o que impossibilita o familiar de cuidar, ele mesmo do paciente); a dor da impotência diante o sofrimento do outro.

Em relação á importância de se prestar uma assistência psicológica á família do doente, Chiattone ressalta o seguinte:

No hospital, o psicólogo hospitalar também estará realizando avaliação e atendimento psicológico aos familiares, apoiando-os e orientando-os em suas dúvidas, angústias, fantasias e temores. Junto à família, o psicólogo deverá atuar apoiando e orientando, possibilitando que se reorganize de forma a poder ajudar o paciente em seu processo de doença e hospitalização. Não se pode perder de vista a importância da força afetiva da família. Ela representa os vínculos que o paciente mantém com a vida e, é, quase sempre, uma importante força de motivação para o paciente na situação de crise. (CHIATTONE, 2006, p. 32)

Nesse sentido, pode-se acrescentar que o psicólogo avalia o estado emocional do paciente e da família e o impacto do adoecimento e da internação para ambos. Avalia também as possíveis crenças ou idéias distorcidas que os familiares têm em relação ao quadro clinico do paciente, e a relação do paciente e da família com a equipe profissional, uma vez que todos esses fatores podem influenciar no tratamento. A partir destas considerações o profissional da psicologia fará suas intervenções.

O Psicólogo Hospitalar e a Equipe Multidisciplinar

Nas instituições de saúde são indispensáveis que os papéis, e as tarefas profissionais de cada membro da equipe sejam claramente delimitados. Principalmente porque a indefinição ou a ambigüidade relativa ao papel profissional podem gerar conflitos na equipe, ao se acumularem expectativas inadequadas ou mal delimitadas entre seus membros. A respeito disso Chiattone ressalta:
[...] a delimitação do papel profissional acompanha as expectativas dos outros membros da equipe quanto ao papel que o profissional em questão deve exercer, acrescidas das próprias expectativas do profissional sobre sua capacidade de realização e de interpretação das expectativas dos outros. Em geral, no hospital geral, é muito comum ocorrerem conflitos em equipes compostas por profissionais com distintos graus de instrução e conhecimentos sobre as outras especialidades, sendo que o potencial conflitivo torna-se aumentado se não houver compreensão das capacidades dos membros, se o profissional visualizar a tarefa como invasão de terreno dos outros profissionais, se assumir um comportamento defensivo em prol das prerrogativas profissionais e se acreditar na falha de utilização plena das qualificações dos outros membros. (CHIATTONE, 2006, p. 33)

A postura diante ao trabalho, devem ser delineadas pela disposição de compartilhar os diversos saberes, ter flexibilidade, vontade de aprender e disposição decisões conjuntas. O respeito e a confiança também são essenciais, assim como os atributos pessoais de cada membro da equipe (autoconfiança, boa capacidade de comunicação, e profissionalismo).

O trabalho em equipe deve ser compreendido pela maneira como a equipe exerce suas tarefas, acrescentado da análise de cada funções, regras e valores, aspectos que dizem respeito à liderança e decisões, definição de objetivos, interação e exercício de poder.

A Atuação do Psicólogo no Hospital Geral

O hospital desde sua criação foi considerado o símbolo máximo de atendimento em saúde, idéia que, de certa forma, ainda persiste. Muito provavelmente, esse é o motivo pelo qual, no Brasil, o trabalho da Psicologia no campo da saúde é chamado Psicologia Hospitalar, e, não, Psicologia da Saúde, o que enfatizaria mais a promoção de saúde.

No Brasil, os primeiros psicólogos começaram a atuar em hospitais, por volta de1960, quando ainda não existia um determinado padrão a ser seguido. Estes profissionais passaram, então, a realizar nos hospitais as mesmas práticas que realizadas em seus consultórios. Também atuavam como assessores dos Psiquiatras, ou como psicometristas; sem participar do atendimento direto ao paciente.

“A reprodução das práticas de consultório, [...], não floresceu e não poderia mesmo florescer, por não trazer respostas às necessidades do paciente e da própria equipe.” (GORAYDE, 2001, p. 263). É necessário quando se trabalha com Psicologia dentro do hospital compreender que é preciso se fazer não apenas Psicologia, mas uma Psicologia Médica.:
[...] por psicologia médica se entende o estudo das situações psicológicas envolvidas na questão mais ampla de saúde do paciente, com destaque para o aspecto da saúde orgânica. Os aspectos psicológicos são vistos e tratados como associados à questão de saúde física, não devendo desta ser dissociados. Não se trata de diminuir a importância da psicologia, mas sim de adequá-la, para uma maior eficiência. (GORAYDE, 2001, p. 263).

É importante enfatizar que o individuo hospitalizado é diferente daquele que procura o consultório, pois este traz uma demanda espontânea. Ele não possui quadros clássicos de psicopatologia, doença de ordem orgânica, agravada ou modera, ele traz uma demanda psicológica específica. “Necessita comunicar-se bem com seu médico, ou colocado de uma forma correra, necessita que seu médico se comunique adequadamente consigo, necessita informações e apoio.” (GORAYDE, 2001, p. 264).

Se devido às características psicológicas anteriores ou um quadro de stress causado pela internação pela internação, o paciente passar a apresentar algum distúrbio psicológico transitório é extremamente importante que os membros da equipe de atendimento do hospital compreendam que este distúrbio é temporário, específico, e provavelmente está relacionado com a hospitalização do sujeito. Em decorrência de uma situação semelhante a essa, “[...] o papel do psicólogo hospitalar é essencial para apoiá-lo, esclarecê-lo, informá-lo, levar a equipe a se relacionar efetivamente com ele, dar-lhe todas as informações de aspectos específicos de sua patologia e do prognóstico.” (GORAYDE, 2001, p. 264). Com isso, o profissional da psicologia ganha um papel de destaque para consolidar a harmonia da equipe e auxiliar no restabelecimento da saúde do paciente.

Considerações Finais

Os psicólogos hospitalares atuam como intérpretes das demandas do paciente, da família e da equipe profissional. Ele atua como facilitador do diálogo entre essa tríade, e dispensa apoio psicológico a família, assim como esclarecimento de suas duvidas.

A inserção do psicólogo no hospital gera qualidade, e amplia a promoção da saúde e a melhor qualidade nos atendimentos hospitalares.

A psicologia no contexto hospitalar atua para a melhor integração, e compreensão das diferentes práticas teóricas, minimiza os espaços entre as diversidades dos saberes, e lapida o cuidado à saúde e a prevenção de doenças. Assim é possível estabelecer as condições adequadas de atendimento aos pacientes, familiares e melhor desempenho das equipes de saúde no hospital.


Texto por : Lamarquiliania Neiler Lacerda Vieira - Graduando em psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais

Fonte : Psicologado

Síndrome de aletofobia e cultura da repressão.

Que ironia! A razão instrumental ancorada no ideal de progresso do Aufklärung produziu esta realidade sociocultural marcada pela “desorizontalização radical” do senso ético da existência humana em direção ao futuro da História: Para onde estamos caminhando? 

A busca pela verdade das coisas (sua heurística racional) deu ensejo a uma configuração sociocultural de acomodação moral de uma existência humana conformada na “etologia da mentira”. Neste contexto, parece não haver outra coisa a ser feita a não ser celebrar a morte do ético na festa da carne da sociedade do prazer e da mentira: “comamos e bebamos, que amanhã morreremos”. O consumismo na sociedade da mentira reflete o processo de presentificação das possibilidades hedônicas inaugurado na e pela sociedade que matou Deus, a esperança da fé e a possibilidade de viver “na verdade” ancorado pelo suporte traditivo das crenças fundamentais da cristandade.

Qual será o futuro da espiritualidade cristã numa configuração de existência como esta?

Na psicologia da existência da fé cristã não existe a possibilidade de se desenvolver a “síndrome de aletofobia”. Nela a interação dos diferentes não se realiza na base de uma exigência moral neurotizante: “É preciso ser perfeito... É necessário ser bonito pra vingar a interação!”. Pois todos os que vivem nela são aceitos como são, e carecem do “perdão acolhedor do Deus que reconciliou consigo mesmo, em Cristo, todas as coisas”, diz o apóstolo Paulo. Lamentavelmente, o complexo de autorrejeição é a proteína que alimenta a síndrome de aletofobia.

“Na verdade, na verdade, porém, [eu] te digo”, dizia sempre Jesus de Nazaré a todos que, como Nicodemos, se escondiam da verdade para alimentar a psicologia da mentira de uma existência vazia.

Não há cura para o ser humano fora da verdade, assegura a fé cristã. Por esta razão a “aletheia” é compreendida nela como “verdade participativa”. A culpa é o reflexo psicológico da autorrejeição eclodida numa configuração cultural de repressão ética em que impera o mandamento: “sede perfeitos na dinâmica da interação”. A fé cristã, contudo, não comporta o “ideal de perfeição” de uma cultura religiosa que produz deformações tanto na subjetividade quanto na intersubjetividade humanas.

A perfeição moral não é um quesito ético para a admissão psicológica de relação “eu-tu” na fé cristã. A interação sócio-afetiva deve acontecer de modo autêntico nela, e deve ser compreendida como “interação dos imperfeitos”. Isto significa dizer que “viver a verdade” na fé cristã implica ser liberto da tortura psicológica de uma cultura de repressão. Pois foi para viver na “liberdade com responsabilidade” que Cristo nos libertou, diz o apóstolo Paulo.

Texto por : Anderson Clayton, doutor em Teologia e Sociologia.

Como aprender a pensar em mundo que ensina a consumir.

O ser humano é visto como um consumidor; o aluno, como um cliente. O mercado de ensino modifica-se para atender a nova demanda. A ganância é estendida para o processo de construção do conhecimento. Consomem - se metodologias; engolem- se palavras sem pensar no seu significado e ideologia.

Remédio pode acalmar, a concentrar, auxiliar a memória, espertar; porém, ainda não inventaram pílulas educativas formadoras de seres humanos, nem educação em comprimidos. O remédio não pode substituir os pais, os professores e a própria pessoa. Para aprender a pensar, é preciso pensar, perguntar-se, questionar, comparar, relacionar, concluir.

O que contribui para a constituição de um bom consumidor é o assistir observando, desenvolvendo uma atitude de receber, de aceitar o recibo, da forma como vem e sem a crítica. Assim, somos manipulados a tudo : a comprar sem ter dinheiro,  a ficar jovem sendo velho, eliminamos o que nos incomoda. As faltas deixam de existir; são resolvidas com dinheiro, remédios (drogas) ou armas.

Se essa alienação não for tratada como parte de um processo de conscientização, mantém - se o sujeito nesse momento e facilita-se a formação do consumidor em detrimento do sujeito consciente e pensante. Uma parte vem da alienação herdada, ao nascer, dessa cultura globalizada, individualista, e a sua superação. É preciso considerar o grupo, e não só as pessoas isoladas. Para constituir-se sujeito, é preciso o outro, para tornar-se humano também.

Aprender não é sinônimo de comprar, e sim necessita de mastigação, de metabolização, de digestão, e isso só é possível com o diálogo e o desejo de saber. É preciso, a moda de Aristóteles, um encontro verdadeiro com quem ensina, quem aprende e o conhecimento. Temos que ter espaços sobre as escolhas refletidas : quando se transformam queixas em perguntas, em questões a serem pensadas. Agora você escolhe: consumir informações ou pensar? Boa aprendizagem!



Bibliografia

Laura Monte Serrat Barbosa,
Jornal Psicopedagogia.

* (Texto Adaptado)


A filosofia da mochila vazia.

Pense que você está com uma mochila nas costas. Sinta as alças da mochila em seus ombros. Agora pense em tudo o que você carrega dentro dela.

Seus amigos, sua família, esposa, marido, filhos, gato, papagaio, iguana, periquito, sogra... Obrigações domésticas, seculares...

O peso aumenta diariamente. E suas costas estão prestes a ter um colapso... Espere, as preocupações contam... as decepções, o peso das promessas. O custo por tudo que almejamos e a luta insana por nós mesmos.

Pesa demais, não é?

Agora, pense que alguém lhe deu uma mochila nova, vazia! Faça um balanço, descubra o que você quer carregar! Decida com que ou quem irá se preocupar! Você pode escolher o que deve fazer parte da sua vida, o que move você, que sentido dará a si!

As vezes precisamos esvaziar os sentimentos, ter um encontro conosco, avaliar nossas entranhas e escolher o que deve ter lugar para nós.

Escolher não é fácil, mas deixar a vida passar reclamando do que poderia ser feito, diga-se de passagem: por você e pra você, além de idiota, é humilhante!


'É só você quem pode decidir o que fazer para tentar ser feliz!'

A teoria da mochila vazia foi a técnica utilizada por Ryan (Ninguém menos que: George Clooney – em sua melhor fase!)  no filme "Amor Sem Escalas" ( Up in the air), por um consultor de RH de uma empresa aérea. Aí está uma dica, se puderem assistam! Espero que tenham gostado dessa reflexão.

Capital Erótico: Quais são as suas armas?

Você já deve ter ouvido falar de capital social, capital intelectual e até mesmo capital financeiro por essa vida afora, mas já ouviu falar de capital erótico? O curioso conceito defende que pessoas atraentes têm uma vida mais fácil, mas não só no intuito da conquista: o círculo profissional também pode ser beneficiado pela sua aparência.

A verdade parece evidente (afinal, quem disse que gente bonita tem dificuldade para alguma coisa?), mas foi a socióloga Catherine Hakim que teve coragem de dizer isso sem barreiras em seu livro “Capital Erótico – Pessoas Atraentes São Mais Bem Sucedidas”. Ela defende que beleza, carisma, elegância, sex appeal e sedução são atributos de vantagem para quem os possui, principalmente na esfera profissional.

Isso não quer dizer, no entanto, que é só ter belas pernas ou um lindo rosto que garante a alguém uma posição de destaque – mas é inegável que desenvolver essas habilidades pode ser um fator diferencial para que alguém possa ser contratado.

Por que isso acontece? Simples: para a autora, pessoas elegantes e sedutoras conseguem convencer as pessoas com mais facilidade, e no mundo de hoje precisamos ter em quem acreditar. Isso, enfim, eleva o capital erótico (e, sim, o sexo também) a patamares de decisão de carreira – muito embora ninguém precise chegar às vias de fato, que fique bem claro.
Como desenvolver meu capital erótico?

Se você já tem beleza e carisma, é meio caminho andado para atingir esse objetivo. Já se esses não são atributos muito presentes na sua vida, é preciso treinar algumas coisas.

A primeira delas é ter completa e assertiva atitude de macho alfa, já que o macho alfa engloba todos esses requisitos e alguns mais. A beleza não dá para mudar – a menos que você faça plástica –, mas carisma, elegância, sedução e o tal sex appeal são atributos democráticos, que podem estar em qualquer pessoa (inclusive nos feios).

Nas rodas de amigos (e mulheres de interesse) você desenvolve seu capital erótico se vestindo bem e adequadamente a cada ocasião, tendo um papo bacana, sendo um bom ouvinte (um dos sinais de carisma) e participando do papo com coisas legais a se dizer.

A arte de seduzir também pode ser aprendida por quem é feio ou “mal cuidado”. Digo isso porque às vezes a pessoa nem é feia, de fato, mas precisa de uma ajudinha no estilo para ficar mais apresentável. Só isso. E seduzir nada tem a ver com beleza: tem a ver com atitude, postura e personalidade, coisas que você pode mudar ou adaptar através dos tempos.

Já no campo profissional, as dicas ficam ainda mais claras: seja cordial com todos os seus colegas, não faça piadinhas sem graça e vista-se bem. Mas bem mesmo. Tem um ditado que diz que as pessoas devem se vestir não em relação ao cargo que ocupam, mas em relação ao cargo que almejam ocupar. Essa regra deve ser seguida como mantra pelas pessoas que desejam crescimento profissional e uma turbinada no capital erótico.

Além disso tudo, claro, ser um profissional de ética e respeito é importante, mesmo porque estar em uma posição de decisão – e escolher a alternativa certa – é algo bem afrodisíaco. E, no contexto do escritório, homens e mulheres percebem o quanto você faz a diferença.

Resumindo, não pense que capital erótico é ter um corpão e ir dar em cima da chefe. Não é nada disso! Capital erótico é um conjunto de habilidades que você deve ter se quiser se dar bem em qualquer esfera da vida, sem preconceitos ou ideais de que erotismo é só aquilo que te leva à cama de alguém.

Você pode se tornar irresistivelmente atraente para as mulheres, desenvolvendo suas características e atitudes alfas. Mas o que fazer para ter esse tipo de sucesso e seduzir lindas mulheres? A resposta é simples: você precisa ativar os gatilhos da atração.

Para isso, existe o Código da Atração (falaremos disso mais em breve). É um ebook com todas as técnicas e ferramentas para ajudar você a se tornar mais confiante e bem sucedido em seus relacionamentos. Você aprenderá como conquistar e seduzir mulheres de uma forma que você nunca viu.

Texto por : Eduardo Santorini, publicado no site Atitude de Homem.

Paralisação de educadores pode desmotivar alunos.

É muito comum vermos em escolas e colégios mantidos pelo governo começarem uma greve. Caso essa paralisação percorra a longo tempo, pode ser considerada como um prejuízo para os estudantes de determinada instituição de ensino, que evidentemente sofrerão alterações no calendário escolar, além de outras consequências, segundo o psicólogo especialista em educação, Marcos Meier.

Toda greve vai causar algum tipo de prejuízo. Isso é verdade e não tem como escapar. O calendário escolar da rede estadual é elaborado com 200 dias de aulas. Então, se diminuirmos essa quantidade de dias fora de sala de aula, o calendário vai precisar ser refeito com, por exemplo, aulas aos sábados ou até mesmo durante o período de férias, caso a greve continue.

Muitos dos alunos que já estão em casa porque as aulas podem começar a qualquer momento poderiam ter estendido o período de férias, por exemplo. Ou seja, o aluno está em casa esperando que as aulas comecem e as aulas não começam. Isso pode, sim, deixá-los sem motivação.

Se a paralisação se estender por muito mais tempo e haja realmente menos dias de aula, cada professor terá que fazer um replanejamento do conteúdo, ou seja, aquelas aulas um pouco mais supérfluas podem ser deixadas de lado.

Mas também é preciso analisar o lado dos grevistas. Quando a gente fala nesses prejuízos, temos que olhar o outro lado. Permanecer com professores desmotivados em sala de aula também é um prejuízo não só para os alunos, mas para a sociedade em geral. Se eles [os professores] não fizessem greve, não fizessem manifestação, estariam desmotivados e, com certeza, isso implicaria, também, no conteúdo aplicado. Então, apesar de o remédio ser ruim ou amargo, ele é remédio.

Beijo forçado? "A nossa cultura ainda faz os homens acharem que são donos das mulheres".

Campanhas de cerveja e enquetes sobre o ‘beijo forçado’ têm gerado muita polêmica. Quem explica o que motiva alguns homens a adotar essa postura é o psicólogo e professor da Faculdade Santa Marcelina, Breno Rosostolato.

“A violência praticada por esse grupo determina uma ‘superioridade’ dos homens sobre as mulheres, ou seja, mantém o errôneo conceito de determinar os gêneros”, explica o docente. “Os papéis sociais, segundo esse grupo de pessoas, deveriam ser cumpridos: mulheres obedientes, concordatas, castas e recatadas; homens soberanos, líderes, inquestionáveis, determinados e no controle do corpo e do sexo. Esta é a cultura vigente, estereotipada e que, felizmente, está mudando, mas carece de muita transformação”, afirma.

As mulheres eram consideradas propriedades privadas, de acordo com o que nos traz Rosostolato. “O marido mantinha a esposa enclausurada na casa do casal. Na Grécia antiga, existia até um quarto, geralmente na parte superior, onde a esposa deveria ficar o dia inteiro, sem contato com terceiros. Esta medida seria uma espécie de segurança de fidelidade, minimizando a possibilidade de filhos ‘bastardos’”, esclarece.

O psicólogo e professor da Faculdade Santa Marcelina, Breno Rosostolato, está à disposição para comentários sobre o tema. Para entrevistá-lo, entre em contato com Ana Claudia Bellintane ou Luísa Marchiori pelo telefone (11) 3675 5444 ou pelos e-mails ana.claudia@viveiros.com.br e luisa.marchiori@viveiros.com.br.

Vício em internet pode criar uma inversão de valores.

Atire a primeira pedra quem nunca presenciou um grupo de pessoas reunido, mas cada um no seu próprio celular. Tem gente que é tão viciado que não se desliga do aparelho – e, só de imaginar que pode ficar off-line, fica nervoso.

O psicólogo Alessandro Marimpietri, explica que o vício nas redes sociais se torna um problema sério quando é mais importante, por exemplo, a pessoa publicar na web que está na praia do que ela dar um mergulho no mar. Nesses casos, “a metaexperiência ganha mais poder do que a experiência em si”, alerta.

21 Segredos que pessoas ansiosas não contarão a você.

Talvez você já tenha conhecido pessoas agitadas, que sempre estão preocupadas até com as minúsculas coisas do cotidiano e sempre exageram em tudo. Ficar perto de algumas pessoas ansiosas pode fazer até você se sentir mais agitado do que de costume. E se você se identifica com algumas dessas situações, talvez você não seja tão calmo quanto pensa.

Para muitos, entender a mente de uma pessoa ansiosa é muito difícil, mas aqui vão algumas revelações do que se passa pela mente delas:

1 – Antes de fazer uma postagem em alguma rede social, elas escrevem e apagam mil vezes o texto que escreveram (e às vezes até desistem de postar, pois não conseguem decidir o que escrever)

2 – Elas criam situações inusitadas na sua cabeça, e transformam a simples tarefa de ir ao mercado em uma odisseia.

3 – Às vezes elas nem fazem ideia do motivo por estarem tão ansiosas

4 – No dicionário delas, dormir significa deitar na cama e passar horas pensando em cada detalhe do passado, presente e futuro.

5 – Elas odeiam quando as pessoas dizem para não se preocupar tanto, pois as pessoas não entendem que para um ansioso isso não é tão simples (Por que é tão difícil entender?)

6 – Pensar além do normal sobre interações sociais.

7 – Elas piram com a sensação de estar pirando, uma coisa que ninguém entende.

8 – Elas têm consciência de que se estressam à toa, mas mesmo assim, ninguém consegue impedi-las de fazer isso.

9 – Alguém pergunta como elas estão e a resposta é “cansado”, o que é verdade, pois elas acordaram a noite toda por estarem ansiosas com algo (Quem nunca?)

10 – Alguns encontros com algumas pessoas fazem elas tremerem,

11 – Em algumas situações, o banheiro é o melhor amigo dessas pessoas, pois durante os eventos sociais que elas não queriam estar, é para lá que elas correm e podem finalmente dar uma pausa.

12 – Conversar com alguém faz a mente delas enumerar mil razões que as fazem acreditar que irão perturbar aquela pessoa (Minha mente vive fazendo isso comigo… hahaha)

13 – Elas sempre acham que podem estragar alguma coisa e quando isso acontece, se arrependem para sempre.

14 – Elas gastam seu tempo pensando nas situações passadas e imaginando cem outras maneiras de terem reagido à elas (conheço gente assim… hahaha)

15 – As pessoas as apressam para tomar decisões, mas não sabem quão difícil é para elas fazer uma escolha, e nem quanto tempo demoram para pensar sobre o assunto.

16 – Elas perdem tempo em uma loja tentando criar coragem para pedir ajuda à algum funcionário.

17 – Elas podem se sentir em pânico, mas não sabem como pará-lo. Então, se sentem mais ansiosos ainda.

18 – Quando alguém não atende os telefonemas delas, logo acham que são odiadas ou que essa pessoa está morta.

19 – Gastam muito tempo planejando alguma coisa e temendo alguma falha, mas quando as coisas saem como planejado, elas se sentem bem e realizadas!

20 – Então se lembram do quanto são maravilhosas e se sentem melhor ainda.

21 – A ansiedade pode ser algo difícil de lidar às vezes, mas elas sabem que por trás disso está uma pessoa extraordinária, capaz de fazer coisas maravilhosas!

Para que brigar, se podemos conversar?

O ser humano mudou o mundo a sua volta. Mas apesar de todo o desenvolvimento e avanços da ciência e da tecnologia, ainda se comporta, muitas vezes, como seus ancestrais mais remotos. Isto quer dizer que, em termos emocionais, avançamos pouco. Pudera, não era possível até bem pouco tempo atrás, antes dos anos 90, estudar o cérebro, sede de todas as nossas emoções e de todo o nosso tão desejado controle emocional, ao vivo e em cores.

Nascemos despreparados, somos instinto puro no começo de nossas vidas. Aos poucos com a educação e com as regras de convivência e do bem viver em sociedade, vamos aprendendo a exercer melhor esse controle. Aprendemos a adiar, a esperar para satisfazer nossas necessidades e nossos desejos mais fortes. Mas isso é feito, muitas vezes, de forma precária e sem muito discernimento. Afinal, essas coisas relacionadas à psicologia e ao comportamento humano são, para várias pessoas, bastante complicadas. Assim, quando dá os cinco minutos, podemos explodir como uma bomba relógio e só depois, é que vamos refletir sobre o que fizemos. E aí, pode ser tarde demais. O caldo já entornou. Uma briga já começou.

O relacionamento amoroso entre duas pessoas é muito difícil. Requer muita paciência e tolerância, para o desenvolvimento de uma relação satisfatória e harmoniosa. Tendemos a nos preocupar e nos ocupar com os problemas e defeitos do outro e nos esquecer de observar e até tentar modificar os nossos. Exigimos muito e, às vezes, damos pouco. Ou vice-versa, ao contrário, como se costuma dizer. Podemos oscilar entre o egoísmo extremo e altruísmo exacerbado. E aí, podemos cobrar, com juros e correção monetária, aquilo que damos e que esperamos que seja retribuído até mesmo em dobro.

Mas as relações entre as pessoas são bastante complexas. Não se resumem a um toma lá, dá cá. Cada uma deve tentar buscar se conhecer melhor, investir em si mesma, melhorar sua auto-estima, pensar no seu desenvolvimento pessoal e profissional etc…, pois assim, as chances de diminuir as cobranças, aceitar melhor o outro e desenvolver um ambiente harmônico, podem aumentar. Foi-se o tempo, em que um casal, era visto como um só, uma só cabeça pensante. Hoje cada um deve manter sua individualidade preservada em uma união.

Portanto, compreender melhor o comportamento humano, através de alguns mecanismos como informação pertinente, orientação profissional etc… pode ajudar muito a um casal na hora em que o bicho pega. Na hora em que a conversa parece não adiantar mais.

Quando a convivência está sendo dificultada por constantes brigas e o diálogo ficando cada vez mais difícil, devemos fazer alguma coisa, antes que sopa entorne, que o leite derrame, que a vaca vá para o brejo, que tudo mais vá para o inferno ou por água abaixo.

Dizem que as mulheres tem mais facilidade para se colocar, na hora da briga e que buscam mais o diálogo e que homens, por sua vez, tem mais dificuldade de demonstrar seus sentimentos e que perdem a calma, quando as palavras faltam. Já as mulheres podem chorar nessas situações.
Especialistas dizem que o sexo masculino precisa aprender a demonstrar mais suas emoções e dividir mais suas aflições. Não devem se isolar, quando estão com problemas. Em contrapartida, elas que gostam muito de conversar antes de tomar uma decisão sobre seu relacionamento, tendem a adiar soluções devido a fatores como filhos, condição econômica, medo de solidão etc…

Na verdade, homens e mulheres precisam de um canal sempre aberto de comunicação, de uma intimidade e cumplicidade maior, de algum conhecimento sobre relacionamento e comportamento e, lógico, muito amor e sexo saudável em suas relações. Um casal, muitas vezes, só percebe que não dá mais para conciliar as coisas, quando um se cansa de travar batalhas diárias, perde o interesse e parte para outra. Não dá para viver em constante conflito. É preciso entender, o seu limite e o do outro. Brigas em excesso, desgastam qualquer relação. Botar a culpa no outro, não resolve. Achar que o outro é quem está errado, que ele é que tem que mudar, muito menos.


Temos de ter a mente aberta para mudanças. Não devemos acreditar na imutabilidade das coisas e das pessoas. Não devemos achar que o outro é propriedade nossa. Devemos apostar no outro e na relação. Preservar a nossa individualidade e respeitar a do outro. Não achar que somos donas da verdade e que temos sempre razão. Devemos optar pelo diálogo. Contar até dez, antes de iniciar uma discussão. Aprender a pedir perdão, quando estamos erradas ou nos excedemos. Senão, a casa pode cair e o que era doce pode acabar. Afinal, para que brigar se podemos conversar. Pensem nisso!

Texto por : Marcia Mello Pereira. 

Antidepressivos sem Terapia NÃO têm efeito, aponta pesquisa.


Os estudos mais recentes vêm mostrando que os antidepressivos restauram a capacidade de determinadas áreas do cérebro a fim de contornar rotas neurais cujo funcionamento não está normal, mas essa mudança só trará benefícios se acompanhada de uma mudança do paciente – mudança esta obtida através da psicoterapia.

Essa mudança no “hardware” do cérebro só trará benefícios se houver uma mudança no “software” – o comportamento do paciente – algo que não é suprido pelos antidepressivos, só podendo ser alcançado mediante a psicoterapia ou terapias de reabilitação; O alerta está sendo feito pelo neurocientista Eero Castrén, da Universidade de Helsinque (Finlândia).

Plasticidade cerebral

Milhões de pessoas em todo o mundo tomam antidepressivos seguindo receitas de seus médicos, e as empresas farmacêuticas têm faturado bilhões de dólares vendendo essas drogas.
Pesquisas demonstram que os antidepressivos não são uma cura por si só; Em vez disso, o seu papel é o de restaurar a plasticidade no cérebro adulto.

Os antidepressivos reabrem uma janela da plasticidade cerebral, que permite a formação e a adaptação de conexões cerebrais através de atividades específicas e observações do próprio paciente, de forma semelhante a uma criança cujo cérebro se desenvolve em resposta a estímulos ambientais. Quando a plasticidade cerebral é reaberta, problemas causados por “falsas conexões” no cérebro podem ser tratadas – por exemplo, fobias, ansiedade, depressão etc.

A equipe do Dr. Castrén mostrou que os antidepressivos sozinhos não surtem efeitos para esses problemas. Quando antidepressivos e psicoterapia são combinados, por outro lado, obtém-se resultados de longa duração.
“Simplesmente tomar antidepressivos não é o bastante. Nós precisamos também mostrar ao cérebro quais são as conexões desejadas,” disse o pesquisador. A necessidade de terapia e tratamento medicamentoso também pode explicar porque os antidepressivos às vezes não têm efeito. Se o ambiente e a situação do paciente permanecerem inalterados, a droga não tem capacidade para induzir mudanças no cérebro, e o paciente não se sente melhor.

Fonte : RedePsi

10 coisas que NÃO devemos dizer às crianças.


Vale a pena ler, já que isso pode influenciar (e muito!) na personalidade delas.

1 – Não rotule seu filho de pestinha, chato, lerdo ou outro adjetivo agressivo, mesmo que de brincadeira. Isso fará com que ele se torne realmente isso.


2 – Não diga apenas sim. Os nãos e porquês fazem parte da relação de amizade que os pais querem construir com os filhos.

3 – Não pergunte à criança se ela quer fazer uma atividade obrigatória ou ir a um evento indispensável. Diga apenas que agora é a hora de fazer.

4 – Não mande a criança parar de chorar. Se for o caso, pergunte o motivo do choro ou apenas peça que mantenha a calma, ensinando assim a lidar com suas emoções.

5 – Não diga que a injeção não vai doer, porque você sabe que vai doer. A menos que seja gotinha, diga que será rápido ou apenas uma picadinha, mas não engane.

6 – Não diga palavrões. Seu filho vai repetir as palavras de baixo calão que ouvir.

7 – Não ria do erro da criança. Fazer piada com mau comportamento ou erros na troca de letras pode inibir o desenvolvimento saudável.

8 – Não diga mentiras. Todos os comportamentos dos pais são aprendidos pelos filhos e servem de espelho.

9 – Não diga que foi apenas um pesadelo e mande voltar para a cama. As crianças têm dificuldade de separar o mundo real do imaginário. Quando acontecer um sonho ruim, acalme seu filho e leve-o para a cama, fazendo companhia até dormir.

10 – Nunca diga que vai embora se não for obedecido. Ameaças e chantagens nunca são saudáveis.

Maconha deforma o cérebro e é um grande risco para a esquizofrenia, alertam especialistas.


A maconha fumada uma vez por semana, na adolescência, aumenta em 8 vezes o risco para esquizofrenia”, alerta o psiquiatra Valentim Gentil, professor titular de psiquiatria da Faculdade de Medicina da USP. “Se o Brasil seguir a tendência de outros países e legalizar a indústria da maconha, nós teremos uma fábrica de esquizofrênicos.” Esquizofrenia é definida como grave e incurável doença mental que causa delírios - o doente acredita que estão lendo sua mente e contando seus segredos para outras pessoas - e alucinações - ele ouve vozes que criticam de forma ofensiva seu comportamento.

Nas cinco clínicas que participam de Jovem Pan Pela Vida, Contra as Drogas, (Reviva, Viva, Intervir, Greenwood e Caminho de Luz), há registros de atendimentos a jovens que apresentaram surtos psicóticos e esquizofrenia pelo uso de maconha. A psiquiatra Lucinda do Rosário Trigo também revela ter atendido na Clínica Conviver, em São Paulo, dezenas de jovens da alta classe média, que se tornaram esquizofrênicos por uso de maconha.

Alerta também do psiquiatra gaúcho, Sérgio de Paula Ramos, referência no tratamento de usuários de drogas no Brasil: “Maconha está francamente associada com esquizofrenia e depressão. A maconha que adolescente usa no sábado e no domingo vai ficar no corpinho dele por uns 40 dias. Existem exames que alertam: jovens que se envolveram com maconha, apresentam seis meses depois de parar o uso, performance cognitiva inferior a quem nunca usou maconha.”

Maconha é droga proibida no Brasil pela lei federal 11.343, porque causa dependência, além de facilitar o uso de outras drogas. A maioria dos usuários de crack começou experimentando maconha na infância ou na adolescência com colegas de condomínio, de festa ou de escola, afirmam especialistas, que diariamente atendem usuários de drogas em clínicas particulares ou em comunidades terapêuticas em São Paulo. Dependentes em recuperação que participam da Campanha da Jovem Pan, contando suas histórias, confirmam que maconha facilita, sim, o uso de outras drogas.

Apesar de ser droga proibida no Brasil, já há registro em São Paulo, de criança 9 anos, atendida pela psicóloga Elza Lopes por dependência de maconha. ”Conheceu com coleguinha de 11 anos no condomínio onde mora.” Na Campanha da Jovem Pan, alunos, a partir dos 10 anos, revelam ter colegas que fumam maconha.

Profissionais que participam de Jovem Pan Pela Vida, Contra as Drogas - psiquiatras Pablo Roig e Lucinda do Rosário Trigo, psicóloga Maria Diamantina Castanheira dos Santos, psicólogos Mateus Fiuza e Diego Batista Bragante, psicanalista Maria Angélica Viana da Graça, psicóloga Elza Lopes, psicólogo Carlos Damasceno, psicóloga Ana Laura Parlato, psicanalista Maria Angélica Viana da Graça, psicólogo Marcelo Lobato, psicoterapeuta Alexandre Araújo e psicóloga Ana Lúcia Mazzei Massoni- - descrevem os riscos da maconha: “Apatia, diminuição da memória, pânico, distorção afetiva, alteração da coordenação motora e da percepção de tempo, sonolência, torna a boca seca por incapacidade de salivação, descontrola o apetite e causa depressão.” Todos afirmam:” maconha já é considerada a droga que tira adolescente das escolas, porque elimina a vontade de estudar ”.

A cirurgiã-dentista Sandra Crivello que atende dependentes em recuperação tem constatado que “maconha causa fissuras nos lábios, que não cicatrizam.” A especialista faz também um alerta às autoridades: “Papel de seda, chamado Pure Hemp (Hemp significa maconha) usado para o cigarro de maconha vem sendo vendido em shoppings de São Paulo”. 
 
Maconha também é risco para infarto, adverte um dos mais renomados cardiologistas brasileiros. O Dr. Nabil Ghorayeb, do Instituto do Coração, do Hospital do Coração e da Sociedade Brasileira de Cardiologia, explica: “Com base em análises estatísticas, observou-se um risco de infarto agudo do miocárdio 4,8 vezes maior nos primeiros 60 minutos após o uso da maconha.” As análises estão na pesquisa “Infarto do Miocárdio desencadeado pela maconha”, publicada na mais conceituada revista da cardiologia mundial, a Circulation.

Mulheres bissexuais sofrem de mais transtornos mentais do que as lésbicas.


Um novo estudo publicado pela revista científica "Journal of Public Health" aponta que mulheres bissexuais tem 64% mais de possibilidades de sofrer de desordens alimentares, 37% mais probabilidades de se auto-mutilarem e 26% mais de sofrer depressão do que as lésbicas, segundo a pesquisa elaborada pela Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres.

O estudo baseia-se na análise de dados obtidos em 2007 a partir dos testemunhos de 5.706 mulheres bissexuais e lésbicas com mais de 14 anos residentes no Reino Unido.

«As pessoas bissexuais têm um risco particular de sofrer de invisibilidade e serem marginalizadas nas comunidades de gays e lésbicas, assim como no resto da sociedade», alertou o pesquisador Ford Hickson.

«Apesar de as mulheres bissexuais do nosso estudo terem sofrido menos discriminação de género do que as lésbicas, isto não significou um benefício para a sua saúde mental», explicou o cientista.

O estudo afirma que essas mulheres são menos propensas a comunicar sua orientação sexual a amigos, familiares e companheiros de trabalho, além de terem menos relacionamentos estáveis.

«Os serviços de saúde mental deveriam ser advertidos sobre as diferenças e as similitudes entre as mulheres bissexuais e as lésbicas e desenhar a sua assistência nesse sentido», afirmou Hickson.

Lisa Colledge, co-autora da pesquisa, sublinhou que o resultado foi semelhante aos de outros que traçaram as diferenças entre bissexuais e homossexuais.

«Apesar de as mulheres não heterossexuais terem uma saúde mental muito pior do que as heterossexuais, as bissexuais mostraram mais transtornos», afirmou Colledge.

Fonte : Portal dos Psicólogos / Bem Estar (G1/Globo)

Hiperatividade: o que é ser hiperativo?

A hiperatividade é um dos componentes mais conhecidos do Transtorno do Deficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), sendo tal transtorno caracterizado pela existência de sintomas que se agrupam como: predomínio de desatenção, predomínio de hiperatividade/impulsividade (que sugere uma atividade exagerada e onde o movimento contínuo é superior ao esperado para a idade da criança) e o predomínio de ambos, como junção da falta de atenção e hiperatividade.

Trata-se de um transtorno de origem neurológica, altamente genético (75%), presente na infância mas que pode prosseguir pela vida adulta, comprometendo o desempenho profissional, familiar e afetivo das pessoas acometidas. Estima-se que cerca de 5% da população infanto-juvenil sofra com os sintomas, sendo 3 vezes mais frequentes no sexo masculino.

Geralmente o problema é notado quando a criança inicia as atividades de aprendizado na escola, quando seu ajustamento se mostra comprometido já nas séries iniciais. O diagnóstico antes dos 4 ou 5 anos raramente é feito pois seu comportamento nesse período é muito variável. A hiperatividade pode ocorrer em diferentes graus de intensidade, com sintomas variando entre leves e graves.

Como o diagnóstico da hiperatividade é difícil e complexo, é necessário e muito importante a observação de pontos como:

- Desatenção e agitação: uma criança hiperativa não consegue se concentrar em uma atividade, em comparação aos colegas da escola por exemplo, está sempre atrasada.

- Superexcitação e atividade excessiva: crianças nesse contexto são muito agitadas e com isso suas emoções também são excessivas.

- Impulsividade: outra característica dessas crianças é que muitas vezes não pensam antes de agir, resultando em comportamentos inadequados.


- Dificuldades com frustrações: não aceitam adiar recompensas, não toleram perder nem serem superadas.



Quais são os sintomas da pessoa com hiperatividade?

Uma pessoa pode apresentar o transtorno de hiperatividade quando a maioria dos seguintes sintomas torna-se uma ocorrência constante em sua vida: 
 
  • Freqüentemente agita as mãos ou os pés ou se remexe na cadeira;
  • Com freqüência abandona sua cadeira em sala de aula ou em outras situações nas quais se espera que permaneça sentado;
  • Freqüentemente corre ou escala em demasia, em situações nas quais isso é inapropriado (em adolescentes e adultos, isso pode não ocorrer, mas a pessoa deixa nos outros uma sensação de constante inquietação);
  • Com freqüência tem dificuldade para brincar ou se envolver silenciosamente em atividades de lazer;
  • Está freqüentemente "a mil" ou muitas vezes age como se estivesse "a todo vapor";
  • Freqüentemente fala em demasia.

Além dos sintomas anteriores referentes ao excesso de atividade em pessoas com hiperatividade, podem ocorrer outros sintomas relacionados ao que se chama impulsividade, a qual estaria relacionada aos seguintes aspectos:

  • Freqüentemente dá respostas precipitadas antes de as perguntas terem sido completadas;

  • Com freqüência tem dificuldade para aguardar sua vez;

  • Freqüentemente interrompe ou se mete em assuntos de outros (por exemplo, intrometendo-se em conversas ou brincadeiras de colegas).

A hiperatividade torna-se aparente quando numa turma da mesma idade todos colaboram e a criança hiperativa acaba tendo que ser retirada por impedir o prosseguimento da atividade. Essas crianças não sabem o que se passa com elas mesmas, por isso não se justificam e acabam sendo consideradas problemáticas, indisciplinadas, mal-educadas e despertam antipatias entre os colegas e também entres as pessoas responsáveis pelos seus cuidados.

Um especialista em comportamento infantil pode ajudar a distinguir as diferenças entre a criança ativa e a realmente hiperativa além do que, um trabalho multidisciplinar contínuo é importante para que as causas da hiperatividade sejam identificadas de forma correta, para que seja feito um bom diagnóstico diferencial e para a utilização de tratamentos adequados no auxilio da melhora ou diminuição dos sintomas. Favorecendo assim o desenvolvimento da criança no processo de aprendizagem bem como nas suas relações social e familiar.Para isso se faz necessário usar de exaustivas informações dos pais e professores além de investigações auxiliadas por testes psicológicos e neuropsicológicos.

É imprescindível reforçar a importância do apoio, compreensão, carinho e paciência de todos que fazem parte da rotina da criança para que ela se sinta ajustada ao meio e para que possa realizar e se beneficiar de todo seu potencial.


Texto por : Célia Gonçalves dos Santos
Psicóloga Clínica e Especialista em Neuropsicologia.
CRP : 04/IS00497

Dicas & Análises : [Filme] Gattaca - Experiência Genética.

Sinopse : 
Gattaca (no Brasil, Gattaca - Experiência Genética) é um filme americano de 1997, uma ficção científica que aborda as preocupações sobre as tecnologias reprodutivas que facilitam a eugenia e as possíveis consequências de tais desenvolvimentos tecnológicos para a sociedade.

Num futuro no qual os seres humanos são criados geneticamente em laboratórios, as pessoas concebidas biologicamente são consideradas "inválidas". Vincent Freeman (Ethan Hawke), um "inválido", consegue um lugar de destaque em corporação, escondendo sua verdadeira origem. Mas um misterioso caso de assassinato pode expôr seu passado.

Sobre o filme: 
Gattaca é a visão do futuro. Rotulado como inválido, Vicent carrega o estigma que acompanha aqueles que não estão em dia com a genética. Os defeitos de Vicent no século 21 são os mesmos que hoje chamamos de virtudes: ele é propenso à paixões, vulnerável a emoções e acredita na possibilidade de realizar seus sonhos. Também está firmemente determinado a fazer o que for necessário, dentro da razão, para atingir suas ambições. Este é o motivo pelo qual opta por um subterfúgio intrincado para enganar as autoridades e tornar-se um navegador respeitado na futurística navegação Gattaca. 


Análise :
TEMAS IMPORTANTES A SEREM RELACIONADOS COM A PSICOLOGIA CORPORAL

 • IMAGEM: REALIDADE (DA EMOÇÃO, DO CORPO) X DESEMPENHO 

• Fatalidade X imprevisto: com esta técnica de reprodução humana o homem elimina uma das principais causas de angústia que é o imprevisível. Ao nascer por métodos naturais a criança já é diagnosticada de tudo que poderá ter e quantos anos terá de vida, e essas informações são levadas à sério demais. A ênfase é dada às falhas e não ao potencial que a criança possa desenvolver . Isso causa cuidados excessivos dos pais em relação à saúde da criança e uma falta de esperança em suas capacidades – que então não são estimuladas a se desenvolver . Temos então uma criança contraída, não estimulada à expansào, provavelmente medrosa e conformada ao fato de que já nasceu fracassada e nunca chegará lá.

 • A rigidez da perfeição: todos os corpos são rígidos, roupas escuras, sem balançar braços e pelvis, expressão emocional quase inexistente. O SUICÍDIO foi devido a não dar conta de não ter sido perfeito. Fonte: www.institutoreichiano.com.br

 • Mundo voltado ao desempenho, sempre em teste com relação à capacidades e aptidões 

Quantas vezes, por um ideal, não pagamos um preço muito alto, nos matamos emocionalmente e deixamos de ser nós mesmos, perdendo nossa identidade?

Todos nós fazemos torções/distorções em nossos corpos para sermos o que achamos que deveríamos ser – aquilo que o outro diz, que a sociedade diz - e, com o tempo esquecemos nossa real identidade e essência e acreditamos ser quem construímos diante das exigências. 

O filme mostra o quanto às pessoas não se enxergam mais, o quanto não se vêem, o quanto não tem história (fotos) e o quanto o indivíduo não é importante como pessoa, emoção e sim apenas como desempenho – aquele que cumpre metas e está apto à isso. QUEM NÃO DÁ IMPORTANCIA PARA SEU MUNDO INTERNO, SUAS NECESSIDADES, SENTIMENTOS NÃO PODE REALMENTE ENXERGAR O OUTRO – CEGAR-SE PARA SI É A CAUSA DE CEGAR-SE PARA O OUTRO

 • Quando Vicent se vê em perigo ele instintivamente deixa vir seu instinto animal e defende-se. Quando conta à ela seu nome verdadeiro, a emoção pôde vir. Com ela ele não quis ter nenhuma certeza (jogou o fio de cabelo dela fora) e optou em arriscar-se no conhecer o outro pela convivência – a arte de se deixar surpreender. 

• O assassino não tinha propensão à agressividade!!! – esteriótipos: esse sim, esse não, esse é bom, esse é mau....

 • O único laço afetivo que aparece no filme é o de Vicent com seu irmão: pela rivalidade de desempenho. Ganha quem não tiver medo. 

Trailer



 Tema geral: Psicologia Corporal. Psicocine do filme Gattaca.

Críticas... Como lidar com elas?


Pessoas críticas demais são aquelas que não conseguem ver nada de positivo nas pessoas e nas coisas. Elas criticam todas atitudes com furor e são ainda mais rígidas quando se trata da opinião que elas tem delas mesmas.

Certamente isso faz muito mal para a pessoa que é assim, mas o pior é que afeta também quem convive com essa pessoa, que acaba absorvendo o negativismo e sofrendo uma onda de desânimo, baixa autoestima e daí para baixo – até uma possível depressão.

Não vamos negar, é muito chato estar ao lado de pessoas assim. O crítico acredita que é "sincero e verdadeiro", e não percebe sua falta de tato. Ele sente até orgulho pois pensa que está ajudando as pessoas a serem "melhores" - se sente o dono da verdade e acha que suas ideias são as únicas certas.

Para lidar com este tipo de pessoa critica é muito útil aprendermos assertividade . Precisamos estar de bem conosco mesmo para sermos assertivos e conseguirmos falar para o critico, de forma elegante e afirmativa, o quanto não aceitaremos que ele continue com esta postura. Quando não conseguimos esta tranquilidade para nos posicionarmos de forma tranquila diante do critico devemos voltar o olhar para dentro de nós mesmos e procurar o porque disso? O que está te travando? Qual aprendizado recebeu em sua formação que o impede ou faz com que tenha medo das pessoas?

Não é só na infância que a gente depara com pessoas que dizem coisas do tipo “não me responda, porque sim e pronto”. No trabalho é muito comum aparecer pessoas com essa postura. Muitos chefes autoritários trabalham desta forma, quer a gente goste ou não, eles existem.
E como lidar com as críticas??


- Não leve para o lado pessoal...
Geralmente as pessoas que são críticas demais são assim com todos os outros com quem ela se relaciona. Por isso não há motivos para levar essas críticas para o lado pessoal. Se essa pessoa parece estar sempre te desencorajando e criticando ferrenhamente tudo que você diz, esteja certa de que ela também faz o mesmo com os outros.


- Entenda as mensagens de forma objetiva...

Para o que você ouvir deste tipo de pessoa não te faça mal, é preciso ouvir essas mensagens de forma objetiva sem tentar relacionar sentimento à elas. Em vez de reparar em como a pessoa está dizendo algo, preste atenção no que exatamente ela quer dizer.Desta forma, em vez de ouvir e reagir, você ouve e capta a mensagem correta que a pessoa quis passar.


- Descubra porque certos comentários te abalam...

Quando algo te magoar, vá até a raiz do problema. Se alguém criticou seu visual e você se ofendeu, será que foi realmente por causa do que a pessoa disse ou sua opinião própria sobre seu visual anda meio abalada? Descubra quais são seus pontos fracos e invista na recuperação da imagem que você tem de si. Desta forma será mais fácil não ser atingida por esses comentários e críticas.


- Não dê tanto valor às críticas...

Valorizar demais a opinião de pessoas excessivamente críticas pode te levar a acreditar que você não tem nada de bom, que tudo no mundo é negativo e que você não deve investir em tentativa alguma – afinal o que essas pessoas mais fazem é desencorajar as ideias e vontades do outro.


- Não peça opiniões se não estiver pronto para ouvir...

Uma coisa é certa: se você pedir opinião à pessoas críticas demais, terá que ser forte para encarar a resposta. Caso você já esteja inseguro quanto ao assunto, é melhor deixar para perguntar para outra pessoa. Porque um comentário negativo a respeito de algo que já está incerto pode causar um resultado desastroso.

A autoestima é o juízo que cada pessoa tem do seu próprio valor e mostra o quanto a pessoa sabe valorizar os seus atributos e as suas qualidades. Pessoas com boa autoestima controlam o seu comportamento, esperam sucesso, têm tolerância a crítica e às frustrações. Reconhecem seus pontos fortes e fracos, adoram aprender coisas novas e têm prazer em viver.

Você não vai mudar as pessoas a sua volta, mas pode se fortalecer e não permitir que estas pessoas abalem sua confiança e autoestima. Se você estiver com dificuldades em lidar sozinho com as pessoas difíceis da sua vida, busque ajuda!!!


Texto por : Larissa Aparecida C. Furlanetto
Psicóloga e psicanalista. 

Ser ou Ter? Eis a questão...

Quando “absorvemos” um diagnóstico e nos tornamos a própria psicopatologia...

Quantas vezes, ao recebermos um diagnóstico médico, já não nos rotulamos como sendo a própria doença? Por exemplo: um dia, na escola, uma criança tem uma crise respiratória e rapidamente é levada ao pronto-socorro, onde lhe é revelado o diagnóstico de asma. A criança, então, após a recuperação, volta a frequentar a escola e revela aos colegas: ”sou asmática!”. Daí por diante, a criança passa a ser vista como a asmática da sala, tanto pelos colegas e como também por ela própria.
Assim também ocorre com pessoas que vivem com determinadas condições de saúde como HIV/AIDS, obesidade, diabetes, enfim... pordiversas patologias que muitas vezes são acrescidas pela palavra “crônica” e, de maneira tão ou mais intensa, com aqueles que possuem um diagnóstico psiquiátrico/psicológico.

A grande questão se volta à tendência que temos em praticar uma comum distorção cognitiva chamada rotulação. O próprio nome diz: distorção refere-se a algo alterado, deformado, torcido e, cognitiva, ao intelecto, à compreensão, ao pensamento. A distorção cognitiva “rotulação” é a tendência em descrever medo ou erros por características estáveis do comportamento ou por rótulos pessoais, como, por exemplo, quando em alguma situação de conflito nos julgamos como sendo “fracos” ao invés de suficientemente assertivos em determinadas situações. 

A mesma coisa pode acontecer quando “ganhamos”, na clínica psicológica/psiquiátrica, o diagnóstico “depressão”, “transtorno bipolar”, “hiperatividade”, “transtorno obsessivo compulsivo”, dentre inúmeros outros e, como se fossemos uma “garrafa pet”, e não seres humanos com tamanha complexidade, pegamos esse “presente”, estampamos em um chamativo rótulo e o pregamos vigorosamente sobre nós. Daí por diante, tornamo-nos o depressivo, a compulsiva, o bipolar, o hiperativo, a histriônica... e ponto! Não teremos mais momentos de diversão por sermos depressivos, seremos incapazes de trabalhar, formular projetos de vida ou estudarmos por sermos bipolares... e assim se segue indefinidamente.

É a partir deste ponto que começamos outro tipo de distorção, a hipergeneralização, em que tendemos a ver um evento negativo como parte de um padrão que se transfere para todas as outras situações de forma contínua e eterna, além de inúmeras outras distorções que vão completando um “mal embrulhado pacote de pensamentos” que, por tamanha inutilidade, faz com que o individuo, cada vez menos, tenha motivação, ânimo e força para melhorar sua qualidade de vida.
É fundamental que possamos refletir acerca da diferença de sermos ou termos alguma coisa. O ser humano exerce inúmeros papéis na sociedade, de pai, mãe, filho, representante de sua religião, amigo, profissional, namorado... Por essa razão é impossível que ele seja reduzido a uma ou duas palavras ou, quem sabe, um ou outro diagnóstico. Da mesma forma, ele é capaz de amar, odiar, desejar, esperar, sonhar, realizar... O fato de possuir determinado diagnóstico psicológico/psiquiátrico jamais poderá fazer com que o indivíduo perca todos os seus papéis e habilidades, transformando-o de “ser” humano a um “ser” patológico.

Somos todos muito mais complexos do que podemos imaginar e possuímos inúmeras capacidades que muitas vezes desconhecemos e que nos tornam hábeis para superar adversidades, como ainda para imaginar, criar e reinventar fatos, coisas, objetos e situações, tornando-nos muito mais felizes do que já somos. Tudo depende da forma pela qual olhamos e interpretamos as situações, a nós mesmos e aos outros.

Cada pessoa é um oceano de habilidades e potencialidades que, se recorridas, podem caminhar conosco rumo a distâncias antes inalcançáveis devido aos nossos antigos auto-conceitos e distorções acerca de nós e do mundo. Muitas situações podem ser verdadeiras barreiras aparentemente impossíveis de serem superadas, cuja relevância parece ser tamanha que não é raro que as confundamos com nossa própria essência. Tais situações, contudo, jamais serão maiores do que nossa identidade como pessoa, como indivíduo que ama, chora, sorri, sofre, perdoa, e que é capaz de criar seu própria identidade, “re-começar” e “re-fazer” o presente para viver, a cada dia, um novo futuro repleto de novos caminhos...

Texto por : Thamy de Morais Miranda
Psicóloga Cognitiva Comportamental

Por que as mentes mais brilhantes precisam de solidão.

Entrar em contato consigo traz benefícios. Darwin recusava todos os convites para festas. E do isolamento nasceu o primeiro computador Apple.


Segundo o professor Robert Lang, da Universidade de Nevada (Las Vegas), especialista em dinâmicas sociais, muitos de nós acabarão vivendo sozinhos em algum momento, porque a cada dia nos casamos mais tarde, a taxa de divórcio aumenta, e as pessoas vivem mais. A prosperidade também incentiva esse estilo de vida, escolhido na maioria dos casos voluntariamente, pelo luxo que representa. A jornalista Maruja Torres, em sua autobiografia, Mujer en Guerra (da editora Planeta España, não publicada em português), já se vangloriava do prazer que lhe dava cair na cama e dormir sozinha, com pernas e braços em X. A isso se soma a comodidade de dispor do sofá, poder trocar de canal sem ter que negociar, improvisar planos sem avisar nem dar explicações, andar pela casa de qualquer jeito, comer a qualquer hora…

Como se fosse pouco, o sociólogo Eric Klinenberg, da Universidade de Nova York, autor do estudo GOING SOLO: The Extraordinary Rise and Surprising Appeal of Living Alone (ficando só: o extraordinário aumento e surpreendente apelo de viver sozinho, em tradução livre), está convencido de que viver só significa, também, desfrutar de relações com mais qualidade, já que a maioria dos solteiros vê claramente que a solidão é muito melhor que se sentir mal-acompanhado. Há até estudos que asseguram que a solidão facilita o desenvolvimento da empatia. Outra socióloga, Erin Cornwell, da Universidade Cornell, em Ítaca (Nova York), concluiu, depois de diversas análises, que pessoas com mais de 35 anos que moram sozinhas têm maior probabilidade de sair com amigos que as que vivem como casais. O mesmo acontece com as pessoas adultas que, embora vivendo sozinhas, têm uma rede social de amizades tão grande ou maior que a das pessoas da mesma idade que vivem acompanhadas. É a conclusão do estudo feito pelo sociólogo Benjamin Cornwell publicado na American Sociological Review.

A base da criatividade e da inovação

As pessoas são seres sociais, mas depois de passar o dia rodeadas de gente, de reunião em reunião, atentas às redes sociais e ao celular, hiperativas e hiperconectadas, a solidão oferece um espaço de repouso capaz de curar. Uma das conclusões mais surpreendentes é que a solidão é fundamental para a criatividade, a inovação e a boa liderança. Estudo realizado em 1994 por Mihaly Csikszentmihalyi (o grande psicólogo da felicidade) comprovou que os adolescentes que não aguentam a solidão são incapazes de desenvolver seu talento criativo.

Susan Cain, autora do livro Quiet: The Power of Introverts in a World That Can’t Stop Talking (silêncio: o poder dos introvertidos num mundo que não consegue parar de falar), cuja conferência na plataforma de ideias TED Talks é uma das favoritas de Bill Gates, defende ao extremo a riqueza criativa que surge da solidão e pede, pelo bem de todos, que se pratique a introversão. “Sempre me disseram que eu deveria ser mais aberta, embora eu sentisse que ser introvertida não era algo ruim. Durante anos fui a bares lotados, muitos introvertidos fazem isso, o que representa uma perda de criatividade e de liderança que nossa sociedade não pode se permitir. Temos a crença de que toda criatividade e produtividade vem de um lugar particularmente sociável. Só que a solidão é o ingrediente essencial da criatividade. Darwin fazia longas caminhadas pelo bosque e recusava enfaticamente convites para festas. Steve Wozniak inventou o primeiro computador Apple sentado sozinho em um cubículo na Hewlett Packard, onde então trabalhava. Solidão é importante. Para algumas pessoas, inclusive, é o ar que respiram.”

Cain lembra que quando estão rodeadas de gente, as pessoas se limitam a seguir as crenças dos outros, para não romper a dinâmica do grupo. A solidão, por sua vez, significa se abrir ao pensamento próprio e original. Reclama que as sociedades ocidentais privilegiam a pessoa ativa à contemplativa. E pede: “Parem a loucura do trabalho constante em equipe. Vão ao deserto para ter suas próprias revelações”.

A conquista da liberdade
“Só quando estou sozinha me sinto totalmente livre. Reencontro-me comigo mesma e isso é agradável e reparador. É certo que, por inércia, quanto menos só se está, mais difícil é ficá-lo. Mesmo assim, em uma sociedade que obriga a ser enormemente dependente do que é externo, os espaços de solidão representam a única possibilidade se fazer contato novamente consigo. É um movimento de contração necessário para recuperar o equilíbrio”, diz Mireia Darder, autora do livro Nascidas para o Prazer (Ed. Rigden, não publicado em português).

Também o grande filósofo do momento, Byung-Chul Han, autor de A Sociedade do Cansaço (Ed. Relogio D’Agua, de Portugal), defende a necessidade de recuperar nossa capacidade contemplativa para compensar nossa hiperatividade destrutiva. Segundo esse autor, somente tolerando o tédio e o vácuo seremos capazes de desenvolver algo novo e de nos desintoxicarmos de um mundo cheio de estímulos e de sobrecarga informativa. Byung-Chul Han preza as palavras de Catão: “Esquecemos que ninguém está mais ativo do que quando não faz nada, nunca está menos sozinho do que quando está consigo mesmo”.

Autoconsciência e análise interior

“Para mim a solidão representa a oportunidade de revisar nosso gerenciamento, de projetar o futuro e avaliar a qualidade dos vínculos que construímos. É um espaço para executar uma auditoria existencial e perguntar o que é essencial para nós, além das exigências do ambiente social”, diz o filósofo Francesc Torralba, autor de A Arte de Ficar Só (Ed. Milenio) e diretor da cátedra Ethos da Universidade Ramon Llull. Na solidão deixamos esse espaço em branco para ouvir sem interferências o que sentimos e precisamos. “A solidão nos dá medo porque com ela caem todas as máscaras. Vivemos sempre mantendo as aparências, em busca de reconhecimento, mas raramente tiramos tempo para olhar para dentro”, diz Torralba.

Na verdade, a solidão desperta o medo porque costuma ser associada ao vazio e à tristeza, especialmente quando é postergada longamente por uma atividade frenética e anestesiante. Para Mireia Darder, é bom enfrentar esse momento tendo em mente que a tristeza resulta simplesmente do fato de se soltar depois de tanta tensão e de ter feito um esforço enorme para aparentar força e suportar a pressão frente aos que nos cercam. “Não se pode esquecer que para ser realmente independente é preciso aprender a passar pela solidão. O amor não é o contrário da solidão, e sim a solidão compartilhada”, diz Darder.

Em nossa sociedade, a inatividade —que surge com frequência da solidão— é temida e desperta a culpa. Fomos preparados para a ação e para fazer muitas coisas ao mesmo tempo, mas é quando estamos sozinhos que podemos refletir sobre o que fazemos e como o fazemos. O escritor Irvin Yalom, titular de Psiquiatria na Universidade de Stanford, confessava que desde que tinha consciência se sentia “assustado pelos espaços vazios” de seu eu interior. “E minha solidão não tem nada a ver com a presença ou ausência de outras pessoas. De fato detesto os que me privam da solidão e além disso não me fazem companhia.” Algo que, segundo Francesc Torralba, é muito frequente: “Embora estejamos cercados de gente e de formas de comunicação, há um alto grau de isolamento. Não existe sensação pior de solidão que aquela que se experimenta ao estar em casal ou com gente”.